[Área de Treinos] Alyssa "Morgana" Windsor

Eu não era muito adepta de utilizar armas de fogo e por isso estava procurando alternativas. Armas brancas, armas de feixe e combate desarmado eram as opções que me restavam no quesito combate, portanto, e escolhi começar meu treinamento pela primeira. Como eu não tinha muita ideia do que fazer ou por onde começar, solicitei a ajuda de Mordred para o treinamento, uma vez que ele era o verdadeiro especialista em combate da organização. Veja, todos sabiam lutar, porém o “garoto formiga” era decididamente muito habilidoso naquilo.

Tendo combinado com o agente o treino esta tarde, estava aguardando no pátio de treino a chegada dele. Eu vestia um short de malha, regata cavada azul marinho e um top negro, além de coturnos negros. O rapaz chegou faltando vinte minutos para o horário marcado e se vestia com uma camisa social, calça e sapatos que eu pensava serem os da organização. Vi Mordred estudando as roupas e assentindo com a cabeça. Ao que parecia, a escolha de roupas leves era aprovada por ele.

– Boa escolha, formiga. Hoje vamos começar com a faca... Pegue. – Falou com calma e lançou para mim uma faca, fazendo-a girar no ar. Se eu não conseguisse me mover rápido suficiente e prever corretamente o movimento, a arma pegaria em mim e, mesmo se não se fincasse em mim, cortaria minha mão.

Alyssa Windsor rolou 1d20+2 e obteve 17 na rolagem para pegar a faca. Devido ao bônus de +2 de destreza, o resultado vai para 19.

Eu havia conseguido pegar a arma pelo cabo, sem me machucar e pude ver um pequeno vislumbre de satisfação nos olhos de meu instrutor pelo movimento. Ele possuía o hábito e lançar os equipamentos que usaríamos nos treinos e nos mandava pegar. Aqueles que não conseguiam, eram punidos de alguma forma durante o treinamento e os que obtinham sucesso, bem, não eram punidos. Como eu já aguardava algo do tipo, não foi difícil para mim prever que meu instrutor faria alguma coisa do tipo...

– Algumas coisas nunca mudam. – Comentei, dando um sorriso para ele e me preparando para o movimento seguinte, ciente de que ele avançaria em seguida em minha direção.

Alyssa Windsor rolou 1d20+6 e obteve 19 na rolagem para Iniciativa. Devido ao bônus de +6 na pericia, o resultado vai para 25.

E percebi que estava terrivelmente certa sobre ele começar a movimentação, fazendo-me agradecer por ter estado alerta. Claro que isso não me permitia ser mais rápida que ele ao ponto de agir primeiro, mas não estava totalmente despreparada para seu avanço e me dava alguma chance de defesa. E uma coisa que se aprende quando seu instrutor é Mordred é que qualquer segundo adicional para se preparar podia significar passar mais ou menos tempo na enfermaria cuidando de uma grande quantia de machucados.

Mordred rolou 1d20+15 e obteve 20 na rolagem para Iniciativa. Devido ao bônus de +15 na pericia, o resultado vai para 35.

O primeiro golpe dele foi um corte horizontal na altura das costelas e, se não fosse o treino intenso que exigia ótimas capacidades atléticas e acrobáticas de mim, eu não teria conseguido sair da reta o suficiente para fazer apenas um corte não muito profundo na lateral direita do tronco. A esquiva havia consistido em um giro para a esquerda enquanto dava um passo na mesma direção e fazia-o passar por onde havia estado. Não foi rápido suficiente para evitar o machucado, mas estava melhor que a média de novatos.

Ao mesmo tempo em que me esquivava, tentei desferir um golpe com a faca nele. Não sei como cortei-lhe no braço, tendo em vista que eu era mais lenta que ele. Provavelmente sorte e aproveitei o tempo em que ele recuperava o equilíbrio e se virava para mim para me recuperar, dar um passo largo para trás e entrar em posição. As pernas estavam levemente flexionadas, os pés separados e a mão direita, que segurava a faca, estava a frente com a lamina levemente inclinada na direção dele, entretanto de forma parcialmente horizontal.

Um novo movimento repentino de Mordred, que combinou uma rasteira com o golpe da arma, ferindo-me no braço direito e fazendo o sangue começar a escorrer por ele. O rapaz deu um meio sorriso e se preparou para golpear novamente enquanto rolei no chão e usei o pé para puxar o calcanhar dele para frente e desestabilizar o rapaz. A manobra não teve o efeito que queria - derruba-lo -, mas interrompeu o ataque. Vi os olhos dele se estreitando e me observando como se esperasse que fizesse alguma coisa.

Alyssa Windsor rolou 1d20+16 e obteve 20 na rolagem para Sedução. Devido ao bônus de +16 na pericia, o resultado vai para 36.

Usei o momento que ele se concentrou em mim para dar um sorriso afetado e me inclinar um pouco para frente, mais do que deveria, e fazer os seios deslizarem um pouco para frente como se quisessem escapar do top e blusa. Vi os olhos dele deslizando para a área e quando me aproximei discretamente parecia que ele queria mergulhar naquele vale.

Mordred rolou 1d20+15 e obteve 7 na rolagem para Sentir Motivação. Devido ao bônus de +15 na pericia, o resultado vai para 22.

Usei a brecha em sua defesa para agarrar o pulso dele e torcer um pouco, enquanto virava de costas e colava meu corpo no dele. Puxei o pulso para a minha direita e dobrei a mão dele para cima, fazendo-o largar a arma e peguei-a com a canhota. Durante o processo de desarme, rocei lentamente meu corpo contra o dele e senti um volume se formando no baixo ventre dele. Quando tentei me afastar, seu braço envolveu minha cintura e me puxou mais para ele, me virando e derrubando no chão. O corpo do rapaz foi parar sobre o meu, com ele segurando meus pulsos com força.

Os olhos dele se fixaram nos meus e via a luta interna dele sobre o que fazer em seguida. Inclinei a cabeça para ele e dei um beijo nos lábios dele, procurando novamente despertar aquele desejo nele. Senti as mãos fraquejarem em meus pulsos e antes de conseguir me libertar ele afastou o rosto e segurou mais forte os pulsos. Havia uma mistura de reconhecimento, desejo e orgulho ferido naqueles olhos - provavelmente por ter sido seduzido em uma garota de dezessete anos.

– Não vai funcionar de novo, formiga, mas foi boa a tentativa. – O agente saiu de cima de mim e me ajudou a levantar. Afastamo-nos e joguei para ele uma das facas e pude perceber que agora o homem pegaria mais pesado com o treinamento.


Todos os dias, Mordred me fazia participar de um treino adicional de laminas curtas com ele. Os demais alunos podiam até ficar e assistir, mas preferiam não participar porque já haviam notado que comigo os treinos eram mais intensos ou, segundo alguns, brutais. Não poderia culpa-los por isso, uma vez que realmente o agente anda pegando mais pesado nesses treinos extras. Os outros recrutas não sabiam o que era ser subestimada, colocada em segundo plano e esquecida com frequência, portanto não tinham a mesma necessidade e determinação que eu para ser a melhor. Não, eu não tenho raiva de meu irmão e não quero seu lugar. Mas ao menos uma vez na vida eu queria ser a estrela mais brilhante e sentia que ali era possível... Eu precisava me destacar.

Com a faca na mão direita e em posição de combate, analisava meu oponente com atenção. Meu corpo já apresentava algumas marcas dos treinos dos dias anteriores - cortes e hematomas -, estava levemente coberto por suor e a respiração estava fadigada. Mordred não pegava leve e era bem claro que eu vigor não cooperava muito para que aguentasse ritmos intensos por tanto tempo quanto o instrutor parecia achar que devia aguentar. O rapaz estava com uma aparência quase tranquila e parecia que um treino a mais ou a menos não fazia diferença para ele.

Praguejando baixo, descrevia círculos lentos junto dele, em um processo de aproximação e afastamento constantes um do outro. Os pés tocavam com suavidade o chão e era quase como se não houve nada além de uma fina camada de chão abaixo de mim devido à delicadeza com que pisava. Os lábios do rapaz possuíam um sorriso malicioso, mas não pude evitar prever que ele iria fintar e depois dar o ataque verdadeiro. Havia me acostumado com o rapaz fazendo aquilo e, portanto, já havia me preparado para bloquear a arma com minha adaga. O som do metal chocando-se contra o metal preencheu o ar e ouvi as exclamações de espanto dos outros alunos. Nunca haviam visto um simples recruta bloquear um ataque de Mordred e ali estava a princesa delicada e frágil fazendo aquilo. Os olhares ficaram unidos tal como as laminas e empurrei-o de leve usando a arma enquanto a girava para direita, de modo a desvencilha-las.

A rasteira veio ao mesmo tempo em que dava um passo para sudeste e depois investi contra dele, me abaixando e fazendo um arco a frente com a lamina. Não tinha a esperança que o golpe pegasse integralmente, mas consegui realizar um corte no abdômen dele. O sangue começou a escorrer e o rapaz sorriu, cortando meu ombro com alguma facilidade.

– Não abaixe a guarda, formiga guerreira. – Falou com um tom sarcástico característico dele, fazendo-me revirar os olhos e recuei. O ombro estava dolorido e não queria muito continuar a batalha, mas continuaria. – Por hoje é só. Vá, Merlin quer falar com você.

Habilidade para avaliação:

Concluído: Sim

By Nymphea for Savage T

Eu havia decidido praticar arquearia e, dessa vez, sem o auxilio de Mordred. Apesar dele ser ótimo em combate, era algo que queria aprender sozinha. Por que? Digamos que a última coisa que eu queria agora era ouvir as criticas sarcásticas dele enquanto me chamava de "formiga trabalhadora". Havia pego emprestado com Merlin um arco curto de fibra e uma aljava com 24 flechas de fibra carbônica e ponta de aço, resistentes e próprias para uso de agentes. Eu normalmente colocaria venenos nas flechas, porém para o treinamento de hoje era totalmente desnecessário e podia escutar meu adorado instrutor rindo da "ideia genial" de envenenar alvos que nem vida tinham.

Vestida com o short de malha e uma regata, coloquei os protetores e luvas próprias para arquearia para evitar me machucar. Era provável que, uma vez que não sabia muito sobre o manejo daquela arma, cometesse erros e acabasse saindo dali direto para a enfermaria, para depois ouvir um Mordred se divertindo as minhas custas por ter me acertado com a corda do arco, por exemplo. Na área de treino com armas a distância, haviam alvos com distâncias e ângulos variados entre si e, na seção especifica que estava, os alvos eram todos imoveis. De pé, me posicionei com o corpo de lado com os pés separados e paralelos entre si, as costas retas e peguei a primeira seta na aljava presa a cintura.

Não coloquei imediatamente a flecha imediatamente no arco, me dedicando a sentir o peso da arma e da seta antes de mais nada. Não era tão pesado quanto temia e a resistência da corda ao puxão, apesar de marcante, não seria um problema se eu não me demorasse tanto para disparar o projétil. Coloquei a flecha no arco com ele abaixado, puxei de leve a flecha enquanto erguia o arco de modo a fazer com que meu braço formasse um angulo de noventa graus. O indicador apoiava a flecha a frente para que ela ficasse reta e senti a brisa que corria pela área de treinamento. Ia desviar a flecha de seu alvo, portanto devia corrigi seu angulo. Ergui levemente a arma, aumentando mais ou menos em cinco graus a elevação, e modifiquei em dez graus a esquerda. Puxando o máximo que conseguia enquanto erguia o cotovelo para adicionar os músculos do ombro ao movimento. Respirei fundo e soltei a flecha junto da respiração.

Ouvi o som da flecha cortando o ar e atingindo o alvo. Não foi exatamente no meio do alvo, mas atingiu próximo a ele, no circulo branco imediato a ele. Silenciosamente, agradeci por minhas noções de física terem me feito perceber que o vento desviaria a flecha, a gravidade puxaria para baixo e a energia cinética gerada pelo arco iria se reduzir aos poucos e parar o movimento, além é claro da resistência do ar. Abaixando o arco, promovi movimentos circulares com os ombros para relaxar um pouco antes de pegar mais uma flecha, posicionar no arco e repeti todo o processo, sempre ajustando o angulo para ir o mais próximo que podia do centro do alvo. Aprendi que ficar parada para disparar dava maior precisão também aos disparos, o que compensava a potencia reduzida de um arco curto.

Sim, havia notado que era mais fácil manejar aquele arco, porém também perdia bastante em potencia. Tendo percebido que havia entendo o básico dos disparos e começava a me acostumar, fazendo aqueles movimentos serem quase automáticos, comecei a disparar uma flecha em cada alvo. Não repetia o alvo até atirar no último da sequência de seis alvos que escolhi, mesmo que não atingisse no centro. Toda vez que a aljava ficava vazia, ia aos alvos para recolher as flechas e recomeçar o trabalho. Quando já ia ia iniciar a sequência da sétima aljava, ouvi o farfalhar de roupas e puxei uma flecha a aljava, virando-me e parando a ponta da flecha a poucos centímetros do pescoço de Mordred.

– Não me assuste desse jeito, Mordred! – Reclamei, irritada, enquanto guardava a flecha na aljava. Pude ver um sorriso sarcástico em seus lábios e um brilho de satisfação pareceu cruzar os olhos ele.

– Parece que a formiga se lembra de ficar alerta... E bom uso da flecha, como faca. Está na hora de testar sua habilidade arqueira com um desafio maior.

Habilidade para avaliação:

Concluído: Sim

By Nymphea for Savage T

Apesar das tendencias sádicas de Mordred e de eu achar que ele ainda se ressentia do último treino com ele, acompanhei o moreno até outra área dentro do pátio de treino de armas de longo alcance. Os alvos móveis aqui subiam, desciam, iam de um lado para o outro e da frente para trás. Alguns alvos faziam todos esses movimentos, as vezes ao mesmo tempo! O desafio ali era claro: além do usual problema de atingir o ar considerando fatores físicos, havia a necessidade de tentar prever o próximo passo do alvo. Por um instante, não sabia se eu devia xingar Mordred ou agradece-lo. Olhei-o desconfiada, mas ele parecia bastante relaxado e indiferente.

– Me admirar não irá fazer as setas aparecerem nos alvos, formiga trabalhadora. – Havia um quê de repreensão em sua voz. Suspirei e puxei uma flecha da aljava e coloquei na arma, sem, contudo, fazer menção de erguer o arco e atirar.

Habilidade para avaliação:

Concluído: Não

By Nymphea for Savage T